27 de fev. de 2014

Resenha: O livro do cemitério - Neil Gaiman

E de repente O livro do cemitério pula na minha frente e pede para ser lido. Pois pedi licença aos outros volumes que estava lendo e foi o que fiz, tomei em minhas mãos a obra e a li. Melhor, a devorei. Em um dia estava órfã de mais um livro de Neil Gaiman.

O livro do cemitério (Editora Rocco, 336 páginas, R$39,50) já começa com suspense, e há muito mais durante a história.

“A mão estava no escuro e segurava uma faca”, é assim que inicia a história. E sabemos do seu nome. “O homem chamado Jack”, é desta forma que se referem a ele quando aparece ou é citado.

O homem chamado Jack quer matar toda a família daquela casa em que entrou. Pois acontece que, enquanto está no quarto dos pais, o bebê foge engatinhando pela porta da frente – a única pista é a fralda que deixou no caminho.

Mas o bebê se dá bem e consegue ir para um lugar... seguro. O cemitério ali perto. E de repente o assassino chega para procurar o menino, mas ele já está escondido. Os fantasmas o pegam e querem cuidar dele. Alguns são contra, mas logo todos passam a sentir amor por aquela criança especial – especial, pois está viva! Simas diz que será seu guardião e poderá trazer alimentos e o que mais o menino precisar.

Assim ele ganha um nome, Ninguém Owens – sobrenome da família que o adota –, e passa a viver feliz, aprendendo com os novos amigos como se tornar invisível, por exemplo. Mas ele é proibido de sair do cemitério, há essa aura de suspense e medo sobre o que o aguarda lá fora.

Um dia ele conhece uma menininha viva, então se tornam os melhores amigos. Os pais dela a levam ali para brincar, pois há uma reserva natural e onde moram não têm essa liberdade. Mas a pequenina se muda um dia e Ninguém fica ali, com seus amigos fantasmas.

Aprendendo com seu guardião Silas, e crescendo... Vivendo entre túmulos, e tudo é normal para ele.

Vemos Nin, como é carinhosamente chamado, se tornar um adolescente um pouquinho rebelde, um pouco curioso com o mundo, como é normal a todos. Assim muitas aventuras começam quando um dia o menino deseja ir à escola de verdade, conhecer pessoas vivas e aprender com elas. Promete que fará com que não o percebam lá. E os professores esquecem de colocá-lo na chamada, esquecem quem ele é... Mas Nin é bom e não gosta como os colegas tratam as crianças menores...

Neil Gaiman é sensacional nas descrições do lugar e da sensibilidade de cada personagem, em fazer o leitor ficar preso à história, que é sombria e sempre escura e um tanto sombria. Não há muitas cores. Há aprendizados, crescimento e amizade.

O livro do cemitério permaneceu na lista dos mais vendidos do The New York Times por mais de 50 semanas. Entre outros livros, Neil Gaiman também é autor de Os lobos dentro das paredes, os quadrinhos Sandman, Os livros da magia, Coraline...

As ilustrações massa ficam por conta de Dave McKean.

Não conseguia largar do livro e, em poucas horas, tinha terminado. Mas senti uma falta enorme dos personagens, queria que ser mais longo, porque essa é uma daquelas histórias eu poderiam se estender, e ter mais do que 336 páginas. Eu quero mais!

É incrível a forma que essa história me prendeu como há muito não acontecia. E claro que recomendo!

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Editora: Rocco
Título original: The Graveyard Book
ISBN: 9788579800122
Ano: 2010
Páginas: 336
Tradutor: Ryta Vinagre
Skoob | Editora Rocco
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Um comentário:

  1. Eu estou viciada em Neil Gaiman! Acabei de ler O Oceano no Fim do Caminho e, apesar de muitas críticas negativas, eu amei! Agora vou procurar esse!

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