O Richard é uma pessoa muito querida e ácida, autor dos livros Cyber Brasiliana, Tempos de AlgóriA, Catrina e o Reino de Todos os Olhos, também é convidado da antologia Mundo de Fantas, editor da Tarja Editorial, fala o que tem que ser dito... E é adorador de cervejas. Então vamos à entrevista:
Mundo de Fantas: Quando começou seu interesse pelos livros?
Mundo de Fantas: Quando começou seu interesse pelos livros?
Richard Diegues: Opa, é um amor de longa data. Estudei em escola pública municipal na cidade de Santos (Litoral de São Paulo) em uma época em que todas as escolas eram obrigadas a ter bibliotecas para os alunos. E desde uns 7 ou 8 anos eu pegava empréstimos de pelo menos dois livros por semana. Minha mãe também foi um bom exemplo, pois era raro o dia em que ela não descansava do trabalho lendo algum livro. Esse fato, de sempre vê-la com livros em mãos, me ajudou muito a despertar meu interesse, afinal, que diabos ela via naquilo? Eu tinha que descobrir. E por aí começou minha paixão. Outro projeto bacana que a prefeitura de Santos tinha eram as Bibliotecas Volantes, que eram ônibus adaptados, com cerca de 1.000 livros de literatura, além de alguns de pesquisa. Esse ônibus parava na esquina de minha casa uma vez na semana, e eu frequentemente pegava 3 ou 4 livros, que devorava e trocava na semana seguinte (fui o mais jovem leitor cadastrado, e era o único que tinha permissão de empréstimo de mais de 2 livros por vez, rs).
"Eu leio livros juvenis, até infantis, desde que não sejam escritos por e para idiotas", diz Richard Diegues.
RD: O curioso é que não comecei escrevendo diretamente textos, mas sim músicas. Adorava fazer composições ao estilo de Faroeste Caboclo e Eduardo e Mônica (músicas da banda Legião Urbana), com uma trama envolvida na canção. Depois passei a escrever RAP (não aquela música americanóide, please!) que também é pura narrativa. Daí passei naturalmente para a literatura. Escrevi meus primeiros livros com cerca de 13 ou 14 anos. E aos 16 publiquei o primeiro deles: Magia – Tomo I, um romance de 100 páginas, confessamente inspirado pelo livro O Alquimista (do escritor Paulo Coelho). Não tive aquela história que muito autor inventa de dizer “Ah! Eu não conseguia encontrar uma história como eu gostaria de ler, então resolvei escrevê-las”. Pirombas a estes, por favor! Todo autor começa a escrever de forma precária, usando de influências e procurando seu estilo. Escrevemos porque gostamos de ler e queremos saber se somos capazes de fazer algo similar aos nossos autores favoritos. O passo que realmente importa não é o quando se descobre autor, mas sim o quando se descobre um profissional das letras. E isso não ocorre com a publicação de um, dois ou três livros, mas sim com algo dentro de nós, um estalo, um estouro... é difícil precisar datas nesses casos, mas minha explosão ocorreu aproximadamente em 2003 ou 2004.
MdF: Quando você escreve tem alguma mania?
RD: Minha principal mania, que nunca largarei, mesmo que me caiam os dedos, é escrever tudo a mão. Literalmente crio manuscritos, e depois passo para o meio digital. Tivesse tempo, até essa entrevista estaria escrevendo em um bloco de notas, e depois passaria para o arquivo. Quando se escreve a mão, o fluxo de ideias é direto, quase uma arte da abstração. Escreve-se muito mais ideias e conceitos do que propriamente um texto coeso. Com isso ganha-se em tempo e qualidade, pois quando esse manuscrito vai para o computador, automaticamente já é transcrito com mais esmero, escolhendo-se palavras, encaixando-se referência, pesquisando-se pontos obscuros. A simples passagem do texto “a limpo” já é capaz de gerar um nível de qualidade que muitos autores somente conseguiriam depois de duas ou três “leituras betas”, pois o texto não fica viciado. Ao fazer a transcrição, já se leva em conta uma análise crítica de estilo que é dura de se obter depois de haver jogado o texto no editor eletrônico. Um texto viciado é pior que crack para o escritor, fica difícil de largar aquela pedra que se acha polida; bem diferente dos garranchos da mesa de bar, que você lê procurando todas as falhas e melhorias possíveis. Escritores dessa nova geração deveriam ser alfabetizados escrevendo a mão, usando cadernos...
MdF: Qual a dificuldade você encontrou para publicar e/ou apresentar seu trabalho aos editores?
RD: Na verdade eu nunca passei por esse problema. Quando comecei a publicar, lançando o Magia – Tomo I, já parti diretamente para uma obra impressa de forma independente, pois já conhecia o caminho das pedras e sabia como a venda de livros funcionava. Quando lancei meu primeiro livro eu precisava de dinheiro, não de fama, então optei pela auto publicação. Sabia que não havia riscos, pois sempre fui um ótimo vendedor, além de ser extremamente conhecido em minha cidade natal. Tanto que no lançamento foram vendidos quase 900 exemplares. Enfim, depois desse primeiro, pensei em fazer o mesmo ao decidir transformar o projeto do NecroZine no Necrópole, porém ao procurar por uma gráfica, o livro caiu no colo de um editor que rapidamente reconheceu o potencial do projeto e abraçou o livro. Mais um caso de filas enormes no lançamento. Depois disso continuei as publicações pela Tarja Editorial. Então, em resumo, nunca soube o que é levar um não de uma editora.
"Se os pais deixassem um pouco de lado a TV e pegassem um livro em mãos, seus filhos seguiriam esse exemplo, e o repassariam"
MdF: Como surgiu a ideia da ambientação de Cyber Brasiliana?
RD: Eu trabalho como Desenvolvedor de sistemas. Cresci com Tron em mente. Matrix me fascinou. Adoro personagens durões e motocicletas. Tenho acesso a muita informação privilegiada, tanto que metade das tecnologias de ponta que coloquei no livro, surgiram um ou dois anos depois que eu o publiquei, e outras surgirão no decorrer dos próximos anos. Eu precisava colocar esses desejos e conhecimentos no papel. Então resolvi alguns pontos principais para ser original: queria algo póscyberpunk, inovador; o declínio das mega-potências que eu via para breve e a ascensão do Brasil e demais países do eixo-sul deveria ser o mote; e para que o livro se tornasse um marco, deveria fugir do clichê das pessoas se conectarem ao mundo virtual apenas em 5 ou 10% da obra, queria que fosse ao contrário. Daí pra frente, foi somente ir traçando detalhes e misturando o caldo de religião, política e ordem social que eu tanto curto.
MdF: Como foi a experiência de escrever sua primeira história juvenil, Tempos de AlgóriA? Como surgiu essa ideia? E qual foi a reação dos seus leitores?
O projeto AlgóriA é algo que eu venho matutando há muitos anos. E o livro Tempos de AlgóriA foi escrito especialmente para se encaixar nele. Eu havia lido dois livros considerado juvenis em sequência: Momo (do Ende) e Artemis Fowl (Colfer) e pensei comigo “juvenil é o cacete!” Me diverti tanto com eles quanto quando li Através do Espelho, do Gaarder, que é considerado um escritor denso e filosófico (eu o considero assim, também!). Então pensei em escrever algo que pudesse ser lido por crianças e também por adultos. Sinceramente eu encaro a literatura como literatura. Ponto. Eu leio livros juvenis, até infantis, desde que não sejam escritos por e para idiotas. Um livro para ser aceito pelo público jovem, não tem necessariamente que ofender sua inteligência. O autor tem que ter a capacidade de dosar o linguajar e as figuras de linguagem, de forma a não colocar algo agressivo para uma criança, mas que ao mesmo tempo não bata nos olhos de um adulto como sendo estúpido. Esse é o desafio. Até onde tive retorno de meus autores, todos se apaixonaram pela história, e apesar do tom mais leve da narrativa, não consideraram o livro juvenil.
"Essas editoras caça-níqueis e esses autores natimortos deveriam pensar na qualidade como se fosse o primeiro nome de sua mãe, quem sabe assim parariam de ofendê-la"
MdF: O livro Catrina e o Reino de Todos os Olhos é indicado para o público ainda mais jovem do que era Tempos de AlgóriA, correto? Esses leitores são muito exigentes, qual a reação deles com esta história?
RD: O Catrina foi escrito primeiro que o Tempos de AlgóriA. Ele foi um presente que dei para minha esposa. Escrito capítulo a capítulo para ela, como uma novela particular. Mas que finalmente veio ao mundo. Quando finalizei o trabalho de escrita dele, resolvei profissionalizá-lo, então o encaminhei para pedagogas e orientadoras que avaliaram a obra em duas frentes: eliminar termos e ações que pudessem ser ofensivas para crianças de seis anos, bem como eliminar tudo que pudesse ser considerado inocente demais para uma criança de 80 anos. O livro está repleto de leituras duplas, triplas, até. É o tipo de livro que foi meticulosamente projetado para ser lido várias vezes durante a vida, e a cada leitura, afogar o leitor em uma miríade de sons, texturas e sabores. Eu leio o livro para minha filha de 3 anos de idade e ela adora. Não entende as complexidades e referências discretas que coloco na obra, nem o cunho político, social e religioso da coisa. Ama simplesmente a história e os personagens. Quando ela mesma puder ler e interpretar, com seus oito anos, poderá entender o viés da morte de personagens, o simbolismo dos reinos de sonhos e pesadelos, os dilemas de sua mãe e da protagonista. E espero que aos 30 anos, ela releia e veja os detalhes e referenciais que espalhei durante toda a obra.
MdF: O que você pensa sobre a estatística que diz que o brasileiro lê em média 1 livro por ano? Falta incentivo para que o Brasil se torne um país de leitores?
RD: Acho que ela é superestimada. Eu possuo algumas empresas e volta e meia necessito contratar funcionários, pessoas até mesmo com mestrado, que descubro nunca terem lido um livro na vida. Eu leio cerca de 20 ao mês, justamente para equilibrar essa conta. Não é bem incentivo o que falta, pois o governo ãté que supre bem a demanda cultural do país. Centenas de bibliotecas, programas de incentivo a leitura, feiras, eventos, etc. O que realmente falta é a conscientização do povo de que a leitura exercita o cérebro, e a TV causa retardamento de intelecto. Ao ler você está forçando a mente a traçar imagens, correlações com suas referências pessoais, interpretar e raciocinar profundamente. Ao passo que a TV lhe dá ideias mastigadas, enfia imagens e textos goela abaixo, sem possibilidade de criatividade. Se os pais deixassem um pouco de lado a TV e pegassem um livro em mãos, seus filhos seguiriam esse exemplo, e o repassariam. Minha filha desde os 2 anos de idade é apaixonada por bibliotecas e por seus livros. Ela certamente será uma leitora compulsiva. Se existe algum incentivo que falte, na verdade é de cada pessoa para com o próximo.
MdF: A produção de livros no Brasil vem crescendo, mas você acredita que sejam histórias de qualidade?
RD: Para o mundo que eu quero descer! Crescimento falso como o que temos visto no mercado não é crescimento, é superávit. Os bons autores, autores de verdade, e as boas editoras, editoras de verdade, precisam de um tempo para produzir boas obras. A qualidade deveria ser respeitada. Essas editoras caça-níqueis e esses autores natimortos deveriam pensar na qualidade como se fosse o primeiro nome de sua mãe, quem sabe assim parariam de ofendê-la. Quando começou essa avalanche de más editoras, eu pensei comigo: “elas não vão durar muito”. Acertei em boa parte, a maioria surge e desaparece como um mau pensamento (algumas até duram mais de um ano ou dois...). O problema é que com elas surgiu um verdadeiro tsunami de autores que mal conseguem escrever seu nome, ou que tenham capacidade de interpretar uma redação de primário. Tornou-se tão simples publicar algo por meia dúzia de tostões, ou por uma boa noitada de entretenimento, que praticamente todo dia 70 livros novos são lançados. Serão lidos? Claro que não. Os poucos lidos serão apreciados? Claro que não. E assim vai ocorrendo a peneira e limpeza do mercado. A parte ruim é que um lado do funil ainda é muito maior do que o outro; temos que invertê-lo, pelo bem de nossos filhos.
MdF: De editora para editor: o que o incomoda em nosso meio?
RD: Desonestidade. Editor safado, ladrão de autores. Escritor pilantra, que não honra as calças que um dia vestiu. Mas, acima de tudo, odeio editores e autores preguiçosos, que pegam uma porcaria de texto que poderia ser trabalhado até virar algo decente, e depois retrabalhado até se tornar publicável, e acabam lançando do jeito que veio ao mundo, mesmo tendo saído do orifício errado.
MdF: Qual o tipo de leitura você gosta?
RD: Eu curto literatura fantástica, seja ela mainstream ou de fantasia. Gosto de livros rápidos, e tão grossos que nunca se acabem. Amo palavras tão complexas que me deixem na dúvida se estou lendo, ou precisando de um dicionário. Em suma, leio de tudo um pouco, assim como escrevo. A única coisa que realmente me importa ao ler um livro, é que me cative pela forma narrativa, pela escolha das palavras, e pela construção dos personagens. Se o autor me fisgar por isso, o livro nem precisa ser bom, vou acabar lendo até o final apenas por estes pontos, e amando!
MdF: Deixe dicas de livros para os leitores do Mundo de Fantas.
RD: Imperdíveis: Rei Rato, de China Miéville, o papa do New Weird Fiction; Neuromancer, de William Gibson, o papa do Cyberpunk; A Fantástica Literatura Queer, uma coleção que respeita de verdade a diversidade e o amor entre os iguais; Momo e o Senhor do Tempo*, do Michael Ende, o papa da literatura juvenil; a Bíblia Sagrada, uma coletânea fenomenal, do cara que manda em todos os papas; Alquimia da Pedra (The Alchemy of Stone, ainda não traduzido em português, mas que pode ser até o fim do ano), da Ekaterina Sedia, papisa da fantasia. E, sem nenhuma modéstia, todos os títulos da Tarja Editorial, pois eu li, meu vizinho leu, minha esposa adorou, e meu cachorro latiu!
MdF: Suas considerações finais.
RD: Literatura é um prazer que eu tenho, e que encaro como profissão. Eu escrevo, produzo trabalhos de outros autores, participo de eventos, dou palestras, enfim: vivo para a literatura. Fico puto da vida quando vejo um sem-vergonha qualquer publicando lixo por dinheiro. Quer dinheiro apenas, vai se vender num prostíbulo, porra! Dar meia hora de bunda. Quer publicar um livro pra dar uma de escritor poser, ou achando que vai encher a tóba de grana, então vai escrever na casa do cacete! Agora, se quer se esforçar pra dar o melhor de si, e colocar no mercado algo que dê orgulho de ser lido, então vem cá, me dá um abraço forte!
[Momento abraço forte!]
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Obrigada pela entrevista, mocinho.
*****
*No Brasil também é encontrada a tradução Manu, a menina que sabia ouvir.
Eu rezo para que editores, autores e leitores passem os olhos por esta entrevista. Adorei a sinceridade e a falta do cansativo politicamente correto. Parabéns, Richard. Não é a toa que um dos primeiros livros que procurarei quando for ao Brasil seja o seu.
ResponderExcluirCelly, ótimas perguntas :)
***
Na verdade apenas digo o que muita gente pensa (ou até mesmo faz), porém tem vergonha de assumir. Leitores merecem respeito. Ultimamente tenho visto que eles vem sendo desrespeitados continuamente. Em novembro a gente proseia pessoalmente, rs.
ExcluirObrigada, mocinha ;-)
ExcluirAnda faltando mais gente boca suja e franca no fandom que nem o Richard. Chuta as bolas, mesmo. Tá cheio de gente merecendo...rs
ResponderExcluirRealmente... Muita gente merecendo.
ResponderExcluirParabéns pela entrevista! Autor excelente...
ResponderExcluirObrigada =)
ExcluirEncontrei o Richard uma vez, mas já vi que a entrevista ficou a cara dele msm deudheudheudh Concordo com tudo o que ele falou e a mania dele de escrever no papel antes de passar pro digital é minha tb. Não faço sempre, mas mtas vezes a idéia vem qdo vc tá longe do PC e deixar pra depois n dá certo.
ResponderExcluirRi alto do [momento abraço forte].
Parabéns pela entrevista Celly, ficou ótimaa!
Abraços!
Tinha mania de escrever no caderno também, agora não estou escrevendo muita coisa, então... rsrsrs E realmente é muito melhor =)
ExcluirObrigada, mocinha ^.^
Olá,
ResponderExcluirEu gostaria de deixar meus parabéns pela entrevista. Muito interessante.
Mas há um pormenor que eu não concordo.
Essa avalanche de "porcarias", sejam editoras ou autores, parece-me que faz um mal danado ao cenário fantástico nacional...
Cada vez que eu pego uma história mal escrita ou apenas passável de um autor nacional, eu fico com mais medo de comprar outro livro dele. E não só dele, infelizmente.
Isso cria uma péssima imagem e imagens ruins são muito difíceis de apagar.
Há que encontrar uma forma lutar contra isso.
É mesmo necessário inverter essa situação o mais depressa possível.
Abraços!
É justamente essa a crítica. O leitor que não conhece a LitFan nacional e pega um livro mal escrito, com erros e afins, a chance de perdê-lo é muito grande, porque a possibilidade de ler outra obra ruim é proporcional.
ExcluirAbraço.
Conheci o Richard no mundo editorial há alguns anos qdo comprei um livro da Tarja e precisei falar com um tal de Richard Diegues por telefone... bem depois disso nos conhecemos no twitter e aí começou minha admiração pela forma como ele coloca suas idéias no ar... parabéns pela bela entrevista Celly e Richard parabéns pelas palavras e sinceridade ao responder as perguntas.
ResponderExcluirAbraços. Elaine Arcibelli
Obrigada Elaine! O Richard é bastante presente e fácil encontrá-lo por aí para uma conversa bacana =)
Excluirótima entrevista que devia ser compartilhada pra tudo quanto é canto e ser lida e relida. Como um mantra.
ResponderExcluirÉ uma boa, os autores precisam ler rs
Excluirgostei da entrevista e compartilhei no meu Face, tenho o sonho de um dia ser considerada escritora e ilustradora profissional, e ler pontos fortes assim me inspiram, pq o q importa não é os chichês q tem de monte por ai, mas a criatividade do novo e o dom de fazer o leitor saborear as palavras... amo escrever, é algo q vem de dentro de mim, bem fundo e que nunca morrerá! mas sei q há um bom caminho ainda...u.u' paciência...
ResponderExcluirObrigada! =)
ExcluirÉ triste ver que a maioria quer escrever o mesmo, se algo faz sucesso, correm copiar, transformar em algo nacional... Não há muita criatividade aí.
Eis um dica de ouro, escrever no caderno e depois passar para o computador. Já cheguei a escrever vários cadernos, mas abandonei a prática. Agora com a dica do autor, passei a ver em outro ângulo essa ideia! Parabéns pela entrevista.
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