Tamanha beleza só pode despertar o desejo de Basílio Hallward em retratar Dorian Gray para a eternidade. O rapaz é seu segredo, mas o amigo, Lorde Henry, deseja conhecer a pessoa que faz com que o pintor trace tão belas linhas e palavras.
Apresentados, tornam-se amigos quase que inseparáveis, para desgosto de Basílio. Lorde Henry, muito influente sobre o inexperiente Dorian Gray, diz que seria triste se o retrato continuasse sem nenhuma modificação, enquanto o rapaz envelhecerá e perderá toda a sua beleza e juventude, as únicas coisas que realmente importavam a qualquer um, segundo ele e a sociedade em que vivia.
Essa preocupação entre o feio e do belo, interno e externo, leva Dorian a se desesperar e temer.
Volta para a casa e se depara – pela primeira vez – com uma horrível expressão que apresenta seu retrato. Mas como uma pintura pode mudar daquela forma? Tudo pode ser efeito da iluminação, acredita.
Chega mais perto. E lembra-se do que desejara no estúdio de Basílio.
Dorian Gray não envelhece. Não sente quaisquer atrocidades que comete ao seu corpo. Torna-se cruel, insensível. É capaz de absolutamente tudo para manter a visão de todos distante de seu precioso e horrível segredo: o retrato que sofre as consequências do desejo pela beleza eterna.
Um texto dedicado à beleza extrema, ao que o cuidado somente ao exterior pode causar a qualquer pessoa, não necessita viver anos ou ter um retrato que sofra por seus atos mais hediondos. Oscar Wilde mergulha na alma de seus personagens e os torna reais, frios e dispostos a tudo pela beleza exterior, alguns mais que os outros. Uma incrível crítica à sociedade da época e tão atual! Recomendado para leitores exigentes e de bom gosto.
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Título original: The picture of Dorian Gray – 1891
Páginas: 268
Tradução de Oscar Mendes
Editora Abril – 1980
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Apresentados, tornam-se amigos quase que inseparáveis, para desgosto de Basílio. Lorde Henry, muito influente sobre o inexperiente Dorian Gray, diz que seria triste se o retrato continuasse sem nenhuma modificação, enquanto o rapaz envelhecerá e perderá toda a sua beleza e juventude, as únicas coisas que realmente importavam a qualquer um, segundo ele e a sociedade em que vivia.
Essa preocupação entre o feio e do belo, interno e externo, leva Dorian a se desesperar e temer.
“Como é triste! Tornar-me-ei velho, horrível, espantoso. Mas este retrato permanecerá sempre jovem. Se ocorresse o contrário! Se eu ficasse sempre jovem, e esse retrato envelhecesse! Por isso eu daria tudo! Daria até a minha própria alma!”Apaixonado por Sybil Vane, jovem de beleza indescritível, atriz de um pequeno e pobre teatro, Dorian convida os amigos, Lorde Henry e Basílio Hallward, para ver sua bela atuar como Julieta. Porém, para desilusão de todos, e principalmente de Gray, que a havia elogiado demasiado, ela representa mal e sem nenhuma paixão. Dorian, envergonhado e cheio de fúria, diz para a jovem que seu amor fora um erro não quer mais vê-la.
Volta para a casa e se depara – pela primeira vez – com uma horrível expressão que apresenta seu retrato. Mas como uma pintura pode mudar daquela forma? Tudo pode ser efeito da iluminação, acredita.
Chega mais perto. E lembra-se do que desejara no estúdio de Basílio.
“Sim, lembrava-se perfeitamente. Havia formulado um louco desejo de permanecer sempre jovem e de que o retrato envelhecesse; de que sua própria beleza não se maculasse nunca, e de que o rosto daquela tela suportasse o peso de suas paixões e de seus pecados; de que a imagem pintada pudesse ver-se estigmatizada com as marcas da dor e dos pensamentos. E, não obstante, o retrato ali estava com aquele borrão de crueldade na boca”.
Dorian Gray não envelhece. Não sente quaisquer atrocidades que comete ao seu corpo. Torna-se cruel, insensível. É capaz de absolutamente tudo para manter a visão de todos distante de seu precioso e horrível segredo: o retrato que sofre as consequências do desejo pela beleza eterna.
Um texto dedicado à beleza extrema, ao que o cuidado somente ao exterior pode causar a qualquer pessoa, não necessita viver anos ou ter um retrato que sofra por seus atos mais hediondos. Oscar Wilde mergulha na alma de seus personagens e os torna reais, frios e dispostos a tudo pela beleza exterior, alguns mais que os outros. Uma incrível crítica à sociedade da época e tão atual! Recomendado para leitores exigentes e de bom gosto.
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Título original: The picture of Dorian Gray – 1891
Páginas: 268
Tradução de Oscar Mendes
Editora Abril – 1980
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Feia faz um blog e nem me conta nada!!! rs. Está ficando demais, bem sua cara! Abraços desse amigo e irmão que te ama tanto!
ResponderExcluirFiquei morrendo de vontade de ler hein???
ResponderExcluirNa verdade meu amigo já ia me emprestar... agora vou falar p/ ele trazer logo!!!
acho bem legal voce ter um blog. Exercita a escrita e as pessoas podem saber o que voce le e gosta. Gostei. Vou sempre passar por aqui. Keep the dream alive!!!
ResponderExcluirAdorei a resenha! Seu blog está nos meus sites favoritos... =)
ResponderExcluirEspero que a resenha crie novos leitores de oscar wilde...Eu já fiz a minha leitura!
hehehe
Beijos
Obrigada, Michely! Oscar Wilde é ótimo e Retrato de Dorian Gray e maravilhoso. ^.^
ResponderExcluirBeijo
Cara... Tá aki um livro que eu realmente posso dizer que se não for perfeito, chegou bem perto disso! Muito, muito bom mesmo! Lembro-me até hoje da primeira vez que o li. Sem noção, a história incrível, as descrições fascinantes... =]
ResponderExcluirAndy, falou tudo! Um dos melhores livros que já li. Até dei o nome de Dorian Gray para meu bichano! ^.^
ResponderExcluirDorian Gray foi o primeiro clássico que li na vida,é um dos meus livros mais amados. Só de ler sua resenha deu vontade de me agarrar com ele de novo.Muito bom o seu blog e sua página lá no Recanto.Vou voltar.Beijão.
ResponderExcluirFoi uma boa revisão e especialmente útil. Eu gostei, e logo comprar o livro. O que me fez lembrar da marca nova série chamada Penny Dreadful, uma história que lida com a origem dos personagens literários clássicos como Dorian Gray e Dr. Frankenstein, a verdade é muito bom.
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