No Dia do Leitor (7 de janeiro), o Ministério da Cultura aproveita
para destacar que uma das metas do Plano Nacional de Cultura 2010/20,
aprovado no dia 13 de dezembro de 2011, tem como objetivo estimular cada
cidadão a ler, pelo menos, quatro livros por ano que não sejam títulos
de exigência escolar. Hoje, a média anual de leitura é de 1,3 livro por
pessoa, segundo o Instituto Pró-Livro. Para executar esta transformação,
o MinC tem diversas ações em execução – como a modernização de
bibliotecas públicas e os agentes de leitura – e outras a serem
implantadas. Entre elas está o barateamento do preço do livro.
Visando vender o livro a valores mais baixos, a Fundação Biblioteca
Nacional (FBN) fez o cadastramento das editoras – já são 10 mil títulos
passíveis de serem comercializados a R$ 10. Em um primeiro momento,
estes títulos estarão à disposição das bibliotecas, que receberão um
cartão-livro para comprá-los. Posteriormente, a sociedade também será
beneficiada pela ação. Segundo a FBN, existem no Brasil 96 milhões de
leitores e apenas 30 milhões compram livros. Ou seja, há um potencial a
ser alcançado com o livro mais barato. A ideia, de acordo com o
secretário-executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortiz, é com o
preço do livro mais baixo, viabilizar o acesso ao produto de classes
sociais diversas, incluindo a classe C. “Isso vai contribuir para que a
meta de o brasileiro ler quatro livros por ano seja atingida”, avalia
Ortiz. A média de leitura do brasileiro é inferior a outros países da
região, como por exemplo, a Colômbia, onde se lê dois livros por ano por
pessoa.
Entre as ações desenvolvidas em 2011 está a construção de 340
bibliotecas nas Praças de Esporte e Cultura. Do mesmo modo, o MinC
apoiou a implantação de novas bibliotecas municipais e atualizou o
acervo das bibliotecas, com investimento de R$ 40 milhões.
Agentes de Leitura
Outro modo de fomentar a leitura é por meio do programa Agentes de
Leitura, em andamento desde 2010 pelo Ministério da Cultura. Os agentes
são jovens entre 18 e 29 anos que recebem uma bolsa de R$ 350 mensais
para desenvolver ações de fomento à leitura – eles leem e emprestam
livros às pessoas da casa visitada e da vizinhança. Entre 2010 e 2011
foram feitos convênios com estados e municípios para cerca de 4,5 mil
agentes para atuação em mais de 400 localidades. Uma parceria entre os
ministérios da Cultura e Educação, anunciada no último dia 8 de dezembro,
vai possibilitar ainda, no ano que vem, a implantação de 4 mil agentes
em mil escolas públicas, ampliando o escopo de atuação do programa.
A sociedade civil também é convidada a participar deste pacto por um
Brasil mais leitor e, por isso, desde 2008, o MinC premia ações de
estímulo à leitura, por meio dos Pontos de Leitura. Cada premiado
recebeu um kit com acervo de 650 livros, pufes, computador e estantes.
Existem atualmente 1.200 deles que são, de alguma maneira, apoiados pelo
governo. Para o ano que vem, a proposta do MinC é ampliar este
conceito, lançando o edital “Leitura para todos”, beneficiando projetos
sociais de leitura em três categorias: formação e atuação de mediadores
de leitura, projetos sociais em espaços não-convencionais (hospitais e
em áreas de vulnerabilidade) e bibliotecas comunitárias.
Censo Nacional
Outra meta do PNC é que 100% dos municípios brasileiros tenham pelo
menos uma biblioteca pública em funcionamento. Para isso, em 2009, o
MinC contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para realizar o Censo
Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais. Segundo o Censo, existiam,
no ano passado, 400 cidades sem o equipamento. O ministério então
enviou os kits de implantação às prefeituras, composto de estantes,
acervo de 2 mil livros, equipamentos eletrônicos e mobiliário. “Para
nós, do Ministério da Cultura, a biblioteca tem de ser um centro
cultural dinâmico, espaço para todos os suportes de leitura”, afirma o
diretor de Livro, Leitura e Literatura da FBN, Fabiano dos Santos Piúba.
No final de 2010, o MinC publicou também a Portaria 117, que institui
o funcionamento da biblioteca pública como pré-requisito para que a
prefeitura ou estado receba recursos do Ministério da Cultura.
Atualmente, segundo dados da FBN, apenas 36 municípios – por problemas
documentais – não receberam ainda o kit de implantação. “Mas
isso não é suficiente. É muito comum, após algum tempo, as bibliotecas
fecharem as portas. Por isso, estamos convidando escritores,
personalidades e instituições do terceiro setor para apadrinharem essas
novas bibliotecas e, assim, atuarem lado a lado com o governo para que
os livros possam fazer a diferença na formação das pessoas e, com isso,
ajudar essas comunidades a se desenvolverem”, diz Galeno Amorim,
presidente da Fundação Biblioteca Nacional .
(Texto: Neila Baldi, Ascom/MinC) - Fonte: Portal da Cultura
Torcendo para que o projeto dê muitos frutos!
ResponderExcluirÉ uma boa iniciativa =) Achei a média aqui do Brasil bem baixinha... Só não utilizo muito as bibliotecas porque a de BH fica longe de onde moro, porém é bom saber que as coisas podem ficar melhores.
ResponderExcluireu também tô na torcida!
ResponderExcluiraqui onde moro tem uma biblioteca municipal, o problema é que só tem clássicos e muito, mas MUITO material mesmo didático.
assim fica difícil atrair leitores, né?
É... os leitores novos têm medo dos clássicos... Porque realmente assusta, geralmente são colocados como algo impossível de ler, na visão de alguns leitores.
ResponderExcluirCaramba!!!
ResponderExcluirQue legal!
Onde eu me cadastro pra ser um agente de leitura???
Ótima idéia!
Tomara que de muuuito certo, pois a biblioteca aqui de Itaquá ainda tem Getúlio Vargas como presidente em seus livros....
Os raros livros não didáticos que encontrei disponiveis ao publico, foram na biblioteca da escola onde estudei, mas tinha que marcar hora pra pegar e tinha que dar sorte da tia da biblioteca estar lá pra abrir a sala.....
DESANIMADOR!
Nossa que loucura, o Brasil precisa melhorar muito no quesito leitura!
ResponderExcluirMuito boa a reportagem, gostei demais, quero ser uma agente da leitura tbm, vou procurar saber mais!!!
Anny, sua exagerada rsrsrs. Olha, na minha cidade nunca pude reclamar, a biblioteca é ótima e tem muitos livros bons, mesmo! De todos os gêneros, clássicos, contemporâneos... é incrível, tb tem a Biblioteca Pública do Paraná que é mágica!
ResponderExcluirKézia e Anny, acho muito válido procurar saber como funciona, queria participar também, mas infelizmente não conheço nada na minha nova cidade, ficaria difícil =/
ResponderExcluirNossa isso é super interessante vou procurar saber mais!Que ótimo!Feliz dia do leitor e boas leituras!
ResponderExcluirGabriella
Tomará que essa ação saia da politicagem e vá para ação de verdade. Uma forma simples de já dar um primeiro é: reduzir impostos. Garanto que os preços irão cair e muitoooooo! Outra medida extremamente necessária é repensar a forma de associar a leitura e o ensino.
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