Mais uma vez um livro que me solicita. Falei diversas vezes sobre os livros que me chamam, esses acabam sendo leituras bastante agradáveis, e com JJ e a música do tempo não foi diferente. Estava o volume a me convidar para a próxima leitura, novamente aceitei o convite.
JJ Liddy, um menino comum, estudante, descobriu que seu avô, de mesmo nome, matou o padre. Ninguém nunca havia lhe contado a história. Mas todos da cidade pareciam conhecê-la. Sendo assim JJ, em protesto, resolveu usar o sobrenome de sua mãe, Byrne. Havia aquele mistério sobre seu avô, além de um maior naquele momento: todos estavam ficando sem tempo, o tempo estava lhes escapando. JJ, não mais Liddy, mas Byrne, prometeu à sua mãe lhe dar ‘tempo’ de presente de aniversário. E descobriu o outro lado, um mundo muito parecido com o seu – diferente em alguns pontos apenas –, as pessoas não envelheciam, não havia necessidades de dormir ou de comer. Porém, algo errado acontecia lá também, o sol, antes sempre apontando no alto, fazia seu curso, lentamente desaparecendo no horizonte. JJ descobriu que, de alguma forma, além das meias – isso explicava o porquê das pessoas encontrarem apenas um pé em suas gavetas –, o tempo do seu mundo estava vazando para aquele outro lado.
Junto com o quase rabugento Aengus, e a sofrida cachorra Bran, buscavam a fissura por onde o tempo escorria, enquanto conversavam sobre as diferenças dos dois povos. E, claro, conseguiram descobrir muito além do que procuravam, como pessoas que não viam há muito, de ambos os mundos.
Ao final de cada capítulo – que são indicados apenas por um número – há a partitura de alguma música tradicional da Irlanda, o título refere-se ao que aconteceu naquela parte da história. Além da música e da magia, no livro há a crítica à Igreja Católica por tentar acabar com a crença de um povo em seres fantásticos.
"- A raça dos sidhe tem sido a ruína da Irlanda geração após geração. Corrompem a mente das pessoas com a sua música, a sua dança e a sua índole enganadora.
- Não sei muito a respeito, padre. Mas o senhor deve ter razão.
- Transformam o povo irlandês numa raça frívola, cheia de desejos ilusórios e superstições pagãs. Corrompem até o nosso sangue, JJ".
- Não sei muito a respeito, padre. Mas o senhor deve ter razão.
- Transformam o povo irlandês numa raça frívola, cheia de desejos ilusórios e superstições pagãs. Corrompem até o nosso sangue, JJ".
JJ e a música do tempo é uma leitura deliciosa.
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Título original: The new policeman
Editora: Nova Fronteira
ISBN: 9788520919385
Ano: 2005
Páginas: 345
Tradução de Bluma Waddington Vilar
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Título original: The new policeman
Editora: Nova Fronteira
ISBN: 9788520919385
Ano: 2005
Páginas: 345
Tradução de Bluma Waddington Vilar
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Já estou com esse livro em casa. (Comprei no instinto!) Ao ler sua resenha, vou colocá-lo na parte de cima da fila de leitura. Bjuxxxxxxx
ResponderExcluirQue bacana, Ana! É uma leitura deliciosa!
ResponderExcluir^.^
bjoo
Parece ser uma leitura bem gostosa...Vou botar na minha lista!
ResponderExcluir=1
Também foi um livro "que me chamou". Li e achei muito bom! Eu gostei muito da história e do jeito que há música em cada capítulo... pena que não sei tocar para usar partitura!
ResponderExcluirAbraços
Carla Luz - http://a-terra-magica-dos-livros.blogspot.com.br
Após ler essa resenha, irei comprá-lo amanhã mesmo!!
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