“Poucos meses depois que ele se aposentou, sua mulher morreu”.
Antes era ele quem cuidava dela, enquanto ela estava doente. Depois também. Teve de arranjar todos os preparativos para o enterro e tudo o mais que se precisa depois que uma pessoa morre e a outra fica solitária.
“Não conseguia se decidir a abandonar a casa, aquele invólucro de sua vida”.
Ele sentia muita falta dela.
“Ele a achava bela e fazia questão de lhe mostrar o quanto sua beleza lhe agradava”.
Algumas cartas endereçadas a ela ainda chegavam, e ele leu. Em uma delas um homem escreveu detalhes que ele, o marido, desconhecia. Então, começou a imaginar se todos os gestos de carinho dela eram repetidos com o Outro. Sentiu ciúmes.
Isso o fez lembrar da distância com a qual tratava a esposa durante certo tempo. Achou as primeiras cartas enviadas pelo Outro. Uma datava de 11 anos atrás, exatamente do tempo em que a repelia. Nada se lembrava do casal nesta época.
Começou a se passar por ela e responder as cartas do Outro. Até que Berg foi ao encontro dele.
“Você só enxerga o que se apresenta para você e não o que se esconde por baixo das coisas”.
Um bonita história, para se valorizar antes de perder o que ou quem gostamos...
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Tradução de Kristina Michahelles
Editora: Record
ISBN: 9788501085436
Ano: 2009
Páginas: 96
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ISBN: 9788501085436
Ano: 2009
Páginas: 96
Bernhard Schlink nasceu em Bielefeld, Alemanha, em 06 de julho de 1944, também é autor de O Leitor (1995), A volta para casa (2006) e A menina com a lagartixa (leia a sinopse), que acaba de ser lançado no Brasil.
Interessante, parece um bom título.
ResponderExcluirNão faz meu estilo.
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