Peguei esse ebook numa promoção da Amazon, na Black Friday, e não demorou tanto tempo para que ele me chamasse e pedisse para ser lido.
Sentia falta de ler um bom
suspense, com toques de horror e quando me deparei com Objetos cortantes (Editora Intrínseca, 256 páginas, R$34,90) foi
incrível! A obra me chamou, quase implorou para ser lida. E um livro que me chama que não
pode ser deixado para depois, precisa ser lido todo logo.
Essa é a história de Camille
Preaker, uma jovem que passou por muitos problemas durante a sua vida, até que
é internada num hospital psiquiátrico, e quando sai de lá consegue trabalhar
num pequeno jornal em Chicago.
Quando seu chefe percebe que na
cidade natal de Camille, Wind Gap, casos estranhos de assassinato de uma menina
e sumiço de outra estão acontecendo, ele a manda para lá para cobrir o caso,
pois acredita que uma pessoa local será melhor para apurar os fatos.
Camille não quer ir, sua cidade
traz muitas lembranças ruins. Acompanhamos essa tristeza, essa dor causada pelo
passado. As marcas que esse passado deixou nela e às vezes se pronunciam,
sempre presentes, como uma entidade. E descobrimos muitas coisas ruins que a
própria personagem causa.
É uma história doentia, que marca
e a expectativa do final traz ao leitor uma série de pensamentos fortes, ruins.
Uma agonia de saber que o ser humano é tão ruim, não apenas, infelizmente, num romance
se suspense.
A forma como a mãe trata a filha
que há tempos não vê me trouxe asco. E há a impotência de Camille diante dessa
pessoa horrorosa que visivelmente faz mal a ela. Adora é uma personagem muito
bem construída para irritar.
A meia-irmã também é terrível,
fria e dissimulada. Apenas o padrasto parece não se importar com nada enquanto
lê seu jornal.
A sociedade é tão perfeita, todos
são tão fantásticos – aquela magia americana da família correta –, que a ironia
é a podridão revelada depois de algumas bebidas e da vontade de mostrar que
sabe mais do que os outros, da vida dos outros.
Recomendo a leitura desse livro. E que o leitor tenha nervos
de ferro, pois é tenso do início ao fim.
“Em inglês a depressão é chamada de blues, mas eu
ficaria feliz em despertar para um mundo azulado. Para mim a depressão é
amarelo-urina. Quilômetros exaustos de mijo fraco.”
Interessante como um primeiro
livro lido já nos transforma em fãs de um autor. Gillian Flynn (1971) também é
autora de Garota exemplar e Lugares escuros, ambos viraram filmes.
ASIN: B00RLWG4ZU
Ano: 2006
Páginas: 256
Título original: Sharp Objects
Editora: Intrínseca
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Ao passar pela net afim de encontrar novos amigos e divulgar o meu blog, me deparei com o seu que muito admiro e lhe dou os parabéns, pois é daqueles blogs que gostaria que fizesse parte de meus amigos virtuais.
ResponderExcluirPois se desejar visite o Peregrino E Servo. Leia alguma coisa e se gostar siga, Saiba porém que sempre vou retribuir seguindo também o seu blog.
Minhas cordiais saudações, e um obrigado.
António Batalha.
Peregrino E Servo.
Oi. Queria saber se aquela ampanha Literatura Fantástica Nacional, sobre a qual vc postou aqui em 2009 e 2010, ainda está valendo. Porque não acho o banner aqui no seu blog.
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