Essa é a história sobre um menino sonhador. Poderia parar por aí já que
sonhar é ótimo, não fossem os adultos. Geralmente os grandes que
não foram crianças de verdade, e tampouco guardam a essência da infância dentro de si,
tendem a se importar demais com os sonhadores – independente de seu tamanho. Esse é o
caso de Peter de 10 anos.
O menino gosta de ficar sozinho para pensar, imaginar,
mas sempre alguém aparece a fim de atrapalhar o seu momento. E por essa “estranha
mania” de sonhar é tido como uma criança difícil.
Acontece que Peter só gosta de imaginar possibilidades – e sempre estranhas –, por
exemplo, descer uma montanha usando um cabide de arame.
Posso dizer que em certas partes me identifiquei. Até hoje, aos 29 anos – quase uma balzaquiana! –, sonho
acordada. A questão é que isso pode ocasionar perigos, como quando o menino
esquece Kate, a irmã de 7 anos, dentro do ônibus.
É um assunto delicado quando se torna comum, ou tido o
exagero como normal, e às vezes não tem como controlar. Essa falta de atenção,
ou fuga, pode ser notada quando se lê, está na página 20 e percebe que não
lembra nada depois da 5ª e precisa voltar. Comigo é bem frequente acontecer e por esse motivo sou
bastante lerda para ler e às vezes é uma situação chata. Claro que sonhar acordado é maravilhoso e todos deveriam
fazê-lo, mesmo que adultos chatos tentem impedir, como fala uma matéria na Folha de São Paulo sobre os devaneios serem perigosamente tomados como doença. E o exagero que acontece com Peter é o permitido na literatura, ele
tem mais do que devaneios, o menino consegue quase tocar em seus sonhos.
O Sonhador (1994,
Editora Rocco, 104 páginas) conta que Peter descobre que as pessoas querem
saber o que se passa em sua cabeça para entendê-lo, então ele começa a
escrever contos e os capítulos que se seguem contam suas histórias fantásticas.
Numa delas o menino literalmente sente o que é ser um gato quando troca de
corpo com William Gato. Pode dormir, dormir, espantar do seu muro um gato
valentão e dormir. Numa outra situação passa por maus bocados ao ser acuado
pelas sessenta bonecas de sua irmã. E até enfrenta o garoto malvado do colégio.
Há algumas ilustrações de Anthony Browne. Esse é o primeiro livro que leio de Ian McEwan (1948). Juvenil é o gênero que mais gosto, apesar de que esse não foi assim tão interessante quanto a sinopse faz parecer, mas vale a leitura e não desistirei, vou torcer para que os outros sejam melhores.
*****
Editora: Rocco
Título original: The Daydreamer
ISBN: 853250860
Ano: 1994
Páginas: 104
Tradutor: Roberto Grey
Skoob
*****
Leia também:
+ A Grande criação de Nicolas - Dennis Vinicius
+ Resenhas
Há algumas ilustrações de Anthony Browne. Esse é o primeiro livro que leio de Ian McEwan (1948). Juvenil é o gênero que mais gosto, apesar de que esse não foi assim tão interessante quanto a sinopse faz parecer, mas vale a leitura e não desistirei, vou torcer para que os outros sejam melhores.
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Editora: Rocco
Título original: The Daydreamer
ISBN: 853250860
Ano: 1994
Páginas: 104
Tradutor: Roberto Grey
Skoob
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+ A Grande criação de Nicolas - Dennis Vinicius
+ Resenhas
Primeiro: essa capa é meio medonha hahaha
ResponderExcluirBem, eu sou desligada qdo leio. Qdo o livro é bom eu mergulho nele onde quer q esteja. Ás vezes tem que me chamar mais de uma vez pra sair daquele mundo xD
Mas, sobre o livro em si, pelo q vc falou n me interessou mto =\
É, não é assim tão legal, é interessante, mas nem de longe entra na lista dos melhores =P
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